O Globo anuncia, esta manhã que as descobertas de petróleo em Sergipe, a 100 km da costa, representam uma grande reserva de petróleo de alta qualidade, que vai mudar profundamente a economia da região.
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Fernando Brito, Tijolaço
O Globo anuncia, esta manhã, algo que este blog, há meses, vem procurando informar aos seus leitores: que as descobertas de petróleo em Sergipe, a 100 km da costa, representam uma grande reserva de petróleo de alta qualidade, que vai mudar profundamente a economia da região.
São basicamente três blocos exploratórios – o BM-Seal-10, 100% Petrobras; BM-Seal-11, 60% Petrobras e 40% indianos, e o BM-Seal- 4, 75% Petrobras e 25% dos indianos – que devem ter reservas recuperáveis acima de um bilhão de barris.
E de petróleo superleve, porque as amostras retiradas ate agora variando entre 38 e 44 graus API, o que o torna muito mais valioso que o petróleo da Bacia de Campos (abaixo de 20° API) e até mesmo que o do pré-sal (26-28° API)
Hoje à tarde, depois do anúncio oficial da ANP, o Tijolaço comenta com mais detalhes o que representa essa nova fronteira petrolífera.
Veja o texto publicado mês passado :
Petrobrás confirma que Sergipe é “nova fronteira” de petróleo
Atendendo a um pedido formal de esclarecimento da Comissão de Valores Mobiliários, a Petrobras emitou um comunicado, ontem à noite, a rspeito das descobertas de petróleo em grandes quantidades na bacia Sergipe-Alagoas.
“A Petrobras reconhece o potencial exploratório da área e tem, em seu Plano de Negócios e Gestão 2013-2017, um projeto de desenvolvimento em águas profundas da Bacia de Sergipe-Alagoas, no qual está prevista a entrada em operação, em 2018, de uma plataforma com capacidade para produzir até 100 mil barris de óleo por dia”, diz o texto.
A empresa, como vem fazendo nos últimos dois anos, se mantém extremamente econômica nas informações sobre o resultados dos 16 poços perfurados na região, que inclui três blocos marítimos da bacia Sergipe-Alagoas, o 4 (60% Petrobras, 40% Hess, americana), o 10 (100% Petrobras) e o 11 (60% Petrobras e 40% Videocon, indiana). Das 16 perfurações, 13 encontraram sinas de petróleo e gás, um índice de sucesso superior a 80%, semelhante ao nìvel de resultado semelhante ao do pré-sal.
Ninguém duvida que são altas as apostas da companhia na área – onde não se fizera perfurações em águas profundas – tanto que tem em operação ali nada menos que cinco sondas, a última delas, a DeepSea Metro II, esta da foto, incorporada em maio à campanha exploratória na região, uma das mais sofisticadas da frota da empresa, afretada por três anos para operar na região.